Existe um cantinho próximo ao Centro do Rio de Janeiro sem trânsito, insegurança e poluição. Essa é a ilha de Paquetá, um dos bairros cariocas mais bucólicos. Sua população fixa é estimada em 4.500 habitantes. Para completar é repleto de recantos encantadores, com muita história e lendas curiosas.
A Ilha de Paquetá tem aproximadamente 1,2 km² e 8 km de perímetro. Sua extensão vai de 2316 metros da Ponta do Lameirão à Ponta da Imbuca à 100 metros na Ladeira do Vicente.
O primeiro registro de Paquetá foi dado em 1556 pelo cartógrafo André Thevet. No ano da fundação do município carioca, em 1565, essa ilha foi uma sesmaria.
Em 1893 foi palco de conflitos da Revolta da Armada. A Corte explorava seus produtos de pesca, cal e hortigranjeiros. Posteriormente, no Brasil-Colônia, foi destino de lazer da nobreza.
Era frequente a presença de Dom João VI, que participava da tradicional festa de São Roque, se hospedava no atual Solar D’El Rei e, no Poço de São Roque, teria se curado de uma úlcera na perna.
Em 1904 Paquetá sediou a primeira Festa da Árvore, cultura que ainda encontramos no bairro, principalmente na tranquilidade e na natureza, mesmo estando próximas do Centro Carioca. Moradores, visitantes e turistas ainda se deslocam por veículos sem motor, até mesmo por charretes com cavalos tratados, que nos levam de volta ao período do Rio Antigo.
Paquetá é um arquipélago formado por 14 ilhas, a principal é Paquetá, também conhecida como “Pérola da Guanabara” ou “Ilha dos Amores”. Seu formato lembra o número oito. Tem nove morros, com o topo a 69 metros acima do nível do mar, 12 praias, sendo duas balneáveis.